2 de maio de 2010

Marceneiro mata a mulher com serrote e diz que queria matar o demônio


“Eu matei o demônio, que era metade homem e metade diabo. Agora, ele nunca mais vai atormentar a cabeça de ninguém.” Com essas frases, o marceneiro João da Silva Pereira, 46 anos, justificou ter matado a própria mulher, Luzia Ricardo Araújo.

Segundo contou o assassino confesso ao delegado-chefe da Delegacia do Novo Gama (GO), Fabiano Medeiros, o casal fazia sexo em casa, na Quadra 119 do Bairro Lago Azul, no Novo Gama, quando o marido a viu se transformar em um homem diante de seus olhos. Nesse momento, João pegou um serrote e a matou. Ele ainda serrou o corpo dela.

João é alcoólatra e, de acordo com um agente de polícia que não quis se identificar, estava sob efeito de álcool. “Depois do crime, ele chamou um vizinho e falou que tinha matado o demônio metade homem, metade mulher.

Ele ainda disse: "Eu não vou transar com homem. Chama a polícia". O vizinho entrou em contato com policiais, que encontraram o corpo da Luzia no chão do quarto, de barriga para cima”, relatou o agente. Além de assassino, ainda é homofóbico, pode?

O vizinho, identificado apenas como Donizete, afirmou ter sido ameaçado pelo assassino. “A testemunha contou que o João falou que o mataria, caso ele entrasse ali também”, afirmou o policial.

Quando a polícia chegou à cena do crime, João estava aparentemente calmo no banheiro de casa lavando os pés sujos de sangue. Ele mesmo mostrou aos agentes o local onde deixou o cadáver e reafirmou que se tratava de um homem. O homicida foi preso em flagrante.

O casal tem duas filhas e estava junto havia 15 anos. Os dois tinham acabado de se reconciliar depois de quatro meses de separação. João chegou de São Paulo, para onde viajou em busca de tratamento para o vício em bebida.

“Os dois tinham uma vida tumultuada por causa da bebida e ele foi se tratar. Ontem, voltou para Brasília e foi para Santa Maria, na casa da mãe dele. O João ligou para a Luzia e disse que estava curado e queria voltar a viver na casa deles. Ela aceitou e o marido foi até lá”, afirmou uma amiga da família.

O crime estarreceu vizinhos e familiares. “A mãe da Luzia é uma senhora de mais de 90 anos e está em choque. Ela ficou tão pasma que não conseguiu reagir até agora”, lamentou a amiga.

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