8 de maio de 2010

Fiel da igreja universal entra na justiça para recuperar aliança de casamento

Para a igreja, o que importa é o lucro

O juiz de primeira instância já tinha determinado que a Igreja Universal devolvesse à ex-fiel Andréia Gomes Montenegro uma aliança de ouro de casamento e os R$ 500 que ela doou em 2007 a pastores durante o evento “Fogueira Santa”.

Mas a Universal não se conformou com a decisão e recorreu, e o caso foi enviado ao Colégio recursal dos Juizados Especiais Cíveis Criminais da 44ª circunscrição judiciária, que fica em Guarulhos (SP). E desta vez a igreja obteve uma sentença favorável.

Andréia tinha decidido recuperar a doação não tanto pelo dinheiro, mas mais pelo valor afetivo da aliança de casamento.

De acordo com os autos, a ex-fiel falou que um pastor lhe disse que, se não desse nada, era sinal de que ela “estaria servindo ao Diabo”. Então Andréia deu tudo que tinha com ela naquele momento.

Os advogados da igreja argumentaram que a oferta está prevista na bíblia sagrada e é adotada por várias igrejas. “É uma prática que remonta a milênios.”

No entendimento da juíza Célia Magali Milani Perini, da instância recursal, não cabe ao Estado, por intermédio da Justiça, julgar se uma igreja explora ou não os fiéis.

Ou seja, a juíza acha que extorção, coação, constrangimento, intimidação, exploração, enganação e enriquecimento ilícito são perfeitamente permitidos, se forem em nome da fé. Para o azar de Andréia e de tantos outros.

Fonte: E-Paulopes

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